O paradoxo evangélico

As igrejas evangélicas passam por uma fase complicada, no que diz respeito às suas crenças, seus costumes e suas doutrinas. A disputa por um espaço é tão grande que uma acaba contradizendo à outra, não existe mais um pensamento homogêneo, como existia até algum tempo atrás, no que tange às doutrinas bíblicas, que são imutáveis.

O que assistimos hoje é cada um querendo defender seu espaço, não importando se isto resultar numa heresia, numa doutrina anti-bíblica ou algo semelhante, o importante mesmo é lucrar a qualquer custo.

Hoje, a igreja canta bastante, mas louva muito pouco;

Há muita adoração extravagante e pouco domínio próprio (Gl. 5.23);

Existem pregadores que falam muito, mas vivem quase nada daquilo que pregam;

Vendem-se muitos livros, mas ensina-se muito pouco;

Temos um número muito alto daqueles que se autodenominam “pastores”, mas temos pouquíssimos servos (Rm. 1.1);

Em muitos lugares, o que era para ser um “culto racional” (Rm. 12.1), temos um verdadeiro show da fé(?);

Muitos que dizem “viver da fé”(?) cobram verdadeiras fortunas para visitarem nossas igrejas;

Há pastores que são avaliados pelo cumprimento de suas metas financeiras e não por “velar pelas nossas almas” (Hb. 13.17);

As igrejas estão repletas de “celebridades”, mas poucos querem ser verdadeiros servos de Deus (Ef. 6.6);

Determina-se e toma-se posse de toda sorte de bênçãos, mas poucos estão dispostos a cumprir a vontade de Deus (Mt. 6.10);

Muitos se esquecem de buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça e só querem que as demais coisas vos sejam acrescentadas (Mt. 6.33);

Estão cobrando muito caro por uma benção, contrariando o ensino de Jesus: “...de graça recebestes, de graça daí.” (Mt. 10.8);

Temos muitos ministérios para poucos verdadeiros ministros (1Cr. 4.1, 2Cr. 6.4, 2Cr. 11.15);

Encontramos por ai muitas pequenas igrejas que são, na verdade, grandes negócios;

Enfim, há igrejas que não podem mais dizer como disseram Pedro e João: “Não temos prata nem ouro...”, e, infelizmente, muitas dessas igrejas também não podem mais dizer: “...em nome de Jesus, levanta e anda!”