sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Dai-lhes, vós de comer!
Uma singela homenagem a um grande homem
sábado, 13 de agosto de 2011
Se você não conhece, precisa conhecer...
Quero apresentar a você um dos melhores trabalhos do nosso querido Robson Nascimento, um dos melhores intérpretes da música evangélica nacional:
Estou falando de Robson Nascimento e o seu primeiro trabalho solo, gravado em 2007, pela Line Records, entitulado "Tudo que soul".
Robson apareceu definitivamente para a música evangélica quando formou Coral Just Sing Choir, antes de entrar para a carreira solo. Um fato marcante na biografia do cantor é que ele menciona que Deus o chamou para uma vida de santificação, deixando o trabalho secular que fazia como backing vocal para renomados cantores, para dedicar-se exclusivamente à sua música. Foi nesta época que este álbum foi gravado, do qual destaco algumas canções:
1 - Tudo que soul. Uma linda canção cheia de swing, com uma bela letra que nos leva a pensar sobre o amor de Deus de uma maneira maravilhosa. A música é envolvente não só pelo ritmo, mas também pela parte instrumental que é incrível.
2 - Transforma. O ponto alto do disco, uma verdadeira oração em forma de música, na qual a interpretação do cantor é o que mais impressiona, feita de forma esplêndida, além da letra que é também algo para ser analisado.
É um dos melhores discos que já ouvi, e se você não conhece, precisa conhecer...
Adendo
Recebi um e-mail do meu querido amigo Pr. Luis Antonio Moreira, comentando algumas partes do artigo em questão, ao que achei oportuno fazer este adendo à matéria uma vez que o objetivo deste blog não é suscitar polêmicas mas sim, na medida do possível, esclarecê-las.
Transcrevo abaixo alguns pontos mencionados pelo Pr. Luis, por e-mail:
À respeito do Livro de Cantares:
1 - O livro de Cantares somente foi aceito pelos Judeus, pelo fato de compararem o amor de Salomão, ao de Deus ao seu povo. Portanto, uma comparação que tem muito sentido. Isso também é aceito por todos cristãos.
Na matéria também foram mencionados dois hinos da Harpa Cristã:
2 - No caso dos autores da nossa Harpa Cristã, não tenho dúvida de que eles sabiam muito bem lidar com essa comparação. Nossa Harpa passou por uma revisão, em alguns casos ficou complicada, mas nesse, ao meu ver não teve problemas.
Estes esclarecimentos nos permitem olharmos para o assunto em questão por outro angulo, pois a matéria foi escrita tendo como base o contexto histórico. Estes esclarecimentos apresentados agora mostram o mesmo assunto tendo como base a comparação aceita por muitos cristãos e também pelos judeus.
Agradeço de coração ao Pr. Luis pela colaboração.
Cabe a você querido leitor tirar as suas conclusões.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Jesus, a Rosa de Sarom e o Lírio dos vales?
Pois bem, no meio da leitura algo me chamou a atenção. Está escrito assim no referido livro:
"A Bíblia não diz que Jesus é a Rosa de Sarom". Confesso que até me assustei no momento, pois esta é uma expressão bastante comum em nosso meio e muitas vezes cantamos hinos que afirmam explicitamente que Jesus é a Rosa de Sarom, o Lírio dos vales, enfim.
Cito aqui alguns exemplos:
- Soberano (Raiz Coral), o refrão diz assim: "Soberano, Rei e Senhor, Pai eterno, meu criador, Rosa de Sarom, Estrela da manhã, El-Shaday, Adonai, El-Elion, Rei dos Reis!"
- Hino 196 da Harpa Cristã, primeira estrofe: "Já achei uma flor gloriosa e quem deseja a mesma terá, a Rosa de Sarom gloriosa, entre mil mais beleza terá..."
- Hino 344 da Harpa Cristã, primeira estrofe: "Entre os Lírios, no meio dos vales, está um amigo que é caro pra mim. Quero segui-lo isento dos males, ve-lo no céu com os anjos enfim."
-Rosa Vermelha (Luiz de Carvalho), refrão: "Jesus é o Lírio do vales, Rosa de Sarom, até seus espinhos são marcas de amor...".
Poderia citar aqui outros exemplos, mas, vamos ficar nestes mais conhecidos.
Pois bem, voltando à explicação do meu querido amigo, fui levado ao Livro de Cantares de Salomão 2.1 e ali está a explicação de forma muito nítida.
Sabemos que o livro de Cantares narra um lindo romance e foi escrito em forma de versos, onde em alguns momentos são descritas as falas do noivo e em outros momentos as falas da noiva. Sabemos também que o noivo tipifica o Senhor Jesus e a noiva em questão tipifica a noiva. Exatamente no versículo mencionado (2.1) é a fala da noiva dizendo: "Eu sou a Rosa de Sarom, o Lírio dos vales". Neste momento a noiva está se comparando à belíssima região de Sarom, que é uma planície localizada entre o sul do Monte Carmelo e Jope, cujo solo era coberto de lírios e flores exóticas.
Ora se é uma fala da noiva e a mesma representa a igreja, jamais poderíamos colocar Jesus como sendo a Rosa de Sarom e o Lírio dos Vales, pois não é isso que diz a Bíblia Sagrada.
Vemos que é um erro clássico de interpretação, que vem de muito tempo atrás, por falta de uma observação mais minuciosa na hora de escrever a letra da música.
Vamos tomar mais cuidado, vamos observar melhor o que estamos cantando.
Se você não conhece, precisa conhecer...
Você vai notar que nas minhas dicas anteriores eu já fui do atualíssimo Paulo César Baruk ao antiquíssimo Otoniel e Oziel. Acontece que eu não vou ficar atrelado a um estilo musical, eu quero sim mostrar trabalhos que marcaram época, que fizeram história e que de alguma maneira têm algo a acrescentar em termos de musicalidade e espiritualidade, independentemente da época em que o trabalho foi feito. Agindo assim eu acredito que estarei dando a minha contribuição para a música evangélica como um todo. Feito este registro, vamos para o nosso assunto de hoje.
Quero falar a respeito de um disco que provavelmente seja o maior clássico da música evangélica brasileira. Estou falando do LP "Cem Ovelhas" de Ozéias de Paula.
Este disco foi gravado no ano de 1973, é o terceiro de sua carreira e por incrível que pareça, ele é vendido até hoje. Considero este trabalho um dos mais importantes da música evangélica nacional, pois quem é da década de 70/80 vai se lembrar que era díficil um lar cristão brasileiro que não tivesse um exemplar deste LP.
Os arranjos são bem simples com o uso de poucos instrumentos: guitarra, órgão, baixo, bateria (bem discreta), obóe em algumas músicas. O mais marcante é a interpretação do Ozéias de Paula, magistral, a mais bela de toda a sua carreira.
Eu poderia aqui comentar todas as músicas deste trabalho, mas vou destacar apenas três:
- Cem Ovelhas. Eu não acredito que exista algum cristão brasileiro com mais de 35 anos que não tenha ouvido pelo menos uma vez na vida esta música. Tem uma letra muito simples, um ritmo muito marcante, que acabou caindo no gosto popular de uma forma inacreditável. Essa música é fácil para tocar, para cantar, para decorar, no entanto não fica devendo em nada em termos de mensagem e espiritualidade.- Hoje sou feliz. A letra desta música é belíssima, retrata a história de alguém que por muito tempo viveu uma vida triste e de incertezas, mas que alcança uma transformação radical no momento em que encontra a Jesus. O refrão é muito marcante: "Hoje sou feliz, com Jesus ao meu lado, caminhando vou dizendo: Meu Senhor, muito obrigado!". Inesquecível.
- Eu te amo. Uma beliíssima declaração de amor ao Senhor Jesus. O autor da música (Edson Coelho), estava inspiradíssimo quando compôs este clássico, pois ele usa alí comparações lindas para expressar o seu amor ao nosso Senhor Jesus. Linda música.
É isso, esse é um clássico, e, por conseguinte, mesmo que você não goste, se você não conhece, precisa cohecer...
terça-feira, 26 de julho de 2011
Análise de música
Antes de mais nada, quero deixar claro que esta análise é minha, pessoal, ninguém é obrigado a concordar com ela.
Trata-se da música "Os sonhos de Deus" da cantora Ludmila Ferber.
Se tentaram matar os teus sonhos,
Sufocando o teu coração.
Se jogaram você numa cova
E ferido, perdeu a visão
Não desista, não pare de crer
Os sonhos de Deus, jamais vão morrer,
Não desista não pare de lutar,
Não pare de adorar,
Levanta teus olhos e vê
Deus está restaurando os teus sonhos
E a tua visão!
Recebe a cura, recebe a unção!
Unção de ousadia, unção de conquista,
Unção de multiplicação.
Vamos começar essa análise, já pelo título da música "Os sonhos de Deus".
Mary Schultze, no seu artigo "Por acaso Deus sonha?", publicado no site informativo Batista, em determinado trecho ela diz: "Ora, Deus não dorme, e como ele é um Deus onipotente, onipresente e onisciente, e Sua palavra já contém tudo o que devemos saber e tudo o que vai acontecer no mundo. Então, com o que iria Ele sonhar? Nem mesmo a mais elástica tentativa de antropoformismo poderia afirmar que Deus sonha."
Eu concordo com este pensamento. Os sonhos são atributos humanos e afirmar que Deus sonha, uma vez que Deus é espírito, no mínimo vai acabar criando um choque de idéias ou teorias.
Mas vamos agora analisar a letra da música.
A primeira linha da música diz: "Se tentaram matar os teus sonhos..." mais à frente a letra diz "... Os sonhos de Deus jamais vão morrer...", afinal os sonhos são meus ou são de Deus? Está incoerente, não está certo. Em outro trecho ela diz: "...Deus está restaurando os teus sonhos...", o que deixa claro que ela não fala dos sonhos de Deus, está falando dos meus sonhos, quer dizer, não há concordância com o título da música. É um erro.
Em outro trecho a música diz: "...Não desista, não pare de lutar, não pare de adorar...".
Eu entendo que aí há um incentivo à adoração por interesse. Continue lutando, continue adorando pois Deus está restaurando teu sonho e a tua visão. Sabemos que a adoração é desprovida de qualquer tipo de interesse, pois adoramos à Deus simplesmente pelo que Ele é, independentemente da situação em que estamos. Tomemos por exemplo a vida de Jó. Sabemos da díficil situação em que ele estava, com notícias ruins chegando de todos os lados, num determinado momento ele rasga suas veste, raspa sua cabeça se prostra diante de Deus e o Adora (Jó. 1.1-22). Em nenhum momento na história de Jó, o encontramos adorando a Deus por interesse.
Em outra passagem da Bíblia em João capitulo 4, quando Jesus dá uma verdadeira aula de adoração para a mulher samaritana, Ele afirma categoricamente que Deus está a procura daqueles que adoram o Pai em espírito e em verdade, e não daqueles que adoram esperando receber alguma coisa em troca. Adoração é entrega e não um ato de troca.
No refrão da música, na parte final a autora enumera três tipos de unção:
- Unção de ousadia;
- Unção de conquista;
- Unção de multiplicação.
Aí é que está a pior parte. Eu só queria saber onde é que está escrito na Bíblia que existem tipos de unção.
Unção significa, separação. Infelizmente esta palavra tem sido de certa forma banalizada no meio evangélico, por alguns que querem defender certas idéias, e o que surge de unção por aí é uma enormidade, infelizmente.
Acho que a autora da música, canta muito bem, tem até outras músicas muito bonitas, mas na minha concepção nesta, ela deu uma vacilada.
Antes de cantar qualquer música, leia a letra da música, analise à luz da Bíblia, assim você terá a certeza de que não estará cantando um monte de besteira.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
A música evangélica e as "inovações teológicas"
No Brasil, os representantes mais conhecidos deste estilo de louvor congregacional são Davi Silva, Mike Shea, Ludmila Ferber, David Quinlan e Ministério Diante do Trono. Em linhas gerais, essa tendência afirma a necessidade de uma adoração sincera, abundante, espontânea, totalmente guiada pelo Espírito de Deus. Para estes a palavra “extravagante” fala da atitude do adorador, a qual deve sobrepujar os padrões formais e expressar sua adoração em termos de liberdade e espontaneidade. Nesta perspectiva, o verdadeiro adorador voa como águia, ruge como leão, salta como coelho, canta de costas para o público, além de rolar pelo chão quando tocado por Deus. Para os adoradores extravagantes o que vale é romper com os paradigmas religiosos, manifestando através do louvor congregacional uma adoração desprovida de frieza espiritual. Segundo estes, tudo é válido desde o riso incontido ao choro histérico por parte dos adoradores.